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Nossa
primeira parada na Inglaterra foi na terra dos Beatles. Chegamos em Liverpool,
via Amsterdã, em uma linda tarde de outono, com céu azul e temperatura
agradável em torno dos 8 graus, depois de quase 20 horas de viagem.
Desembarcamos
no John Lennon Airport e a fila da imigração estava imensa, mas descobrimos
logo que aquela era a fila destinada aos passaportes da comunidade europeia. O
guichê que atendia os demais visitantes tinha apenas um casal de meia idade,
nós e um rapaz.
A mocinha foi educada conosco, nos
fez as perguntas de praxe sobre nossa estada na cidade e no país, enquanto
checava nossos passaportes e então nos deu as boas vindas.
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Liverpool |
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Caminhando do ponto de ônibus ao Formule 1 |
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Chegando ao Formule 1 |
Na
entrada do aeroporto, com seu Yellow Submarine, pegamos um busão para o Formule
1 Hotel, da Rede Accor, onde ficaríamos hospedados. Sim, estávamos na terra da
Rainha! Foi bem estranho andar com o lado do motorista trocado.
Liverpool
me pareceu, à primeira vista, uma cidade encantadora. Descemos no ponto próximo
ao hotel e caminhamos o resto do trajeto. Chegando lá, nos dirigimos ao Ibis, da
mesma rede, que ficava ao lado, pois no Formule 1 não havia recepção. E não era
só isso que nossa casa em Liverpool não tinha, como eu descobri, instantes depois.
Na recepção, uma moça
nos atendeu, séria, mas eficiente, nos informou que o Formule 1 não tinha
banheiro no quarto. Como assim?! Por que eu não chequei isso antes? Confesso que
esta é uma frescura que não abro mão quando viajo.
Como o Formule 1 no
Brasil tem, eu não me preocupei em verificar. Cansada e com fuso diferente, eu
quase chorei. Como não havia alternativa viável, sacudi a poeira e encarei: afinal
seriam apenas 2 noites. Em minha cabeça, contudo vinham imagens dos banheiros
coletivos que tive que encarar em outros momentos, outras viagens e não foram
lembranças agradáveis.
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Quarto do Formule 1 |
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Banheiro compartilhado: em uma das portas vaso e pia e na outra apenas o chuveiro |
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Pegando toalhas no Ibis Hotel |
O quarto
era bom, com uma pia dentro, o que facilitava um pouco a logística da higiene
pessoal. Para minha sorte, os banheiros eram muito limpos. Eles tinham um
sistema de limpeza automática que funcionava muito bem. Havia várias unidades
por andar e o vaso/pia era separado do chuveiro e todos independentes.
Mas as
surpresas não acabaram por aí. Primeiro percebemos que não havia toalhas e eu
tive que voltar ao Ibis para solicitá-las. Depois, louca por um bom banho levei
todas as minhas tranqueiras para a portinha que tinha o chuveiro. Liguei. Uns
30 segundos depois ele desligou. Pela segunda vez naquele dia senti vontade de
chorar.
Boa
brasileira que sou, pensei logo que havia acabado a água. Liguei de novo, por
puro desespero e a água voltou a cair. O meu alívio durou mais uns 30 segundos
e eu entendi que o chuveiro iria fazer isso comigo sempre e o tempo todo, pois usava sistema de temporizador! Primeiro mundo é isso aí: preocupa-se com o meio ambiente e com o desperdício
de água, que por lá não é nada barata.
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Liverpool |
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Liverpool |
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Cafe Tabac |
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English Breakfast no Ibis Hotel |
Depois
do susto e de me entender com o hotel, relaxei. Fomos caminhar pela cidade,
trocar dinheiro (no Post Office) e comer alguma coisa (Cafe Tabac).
No dia
seguinte, pagamos para tomar café da manhã no Ibis e não nos
arrependemos. Um típico english breakfast
com pães, ovos, queijos de sabor forte, sucos, café, frutas e até feijão. E
assim, alimentados e preparados, fomos descobrir o que a cidade dos Beatles
tinha de especial.
Em
tempo: já não existe mais o Formule 1 na Rede Accor.
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